quarta-feira, 21 de maio de 2008

JOVEM GUARDA POUCO EXPLORADA





Um novo pacote com 25 CDs traz de volta nomes da Jovem Guarda e similares. Muito material obscuro e raro já tinha sido resgatado pelas gravadoras Sony e EMI, que detém os melhores títulos lançados na época. A Warner agora tira do fundo do baú material da Continental e Chantecler. É uma atitude louvável, mas será que realmente vale a pena essa avalanche de antigüidades? Claro, aqui têm coisas de valor, mas alguns artistas são de segundo escalão e certos títulos, desnecessários. A cereja do bolo do pacote é o único LP do Brasas, banda gaúcha da qual fazia parte Luiz Wagner e Franco Scornavacca, o pai dos moleques do KLB. Marcio e Ronald Antonnuci, que formavam a dupla Os Vips, foram muito populares nos anos 60 e seus três álbuns que estão na série, eram muito procurados pelos colecionadores. Joelma, cantora dramática cujo repertório se apoiava em versões do pop europeu, é brindada com três álbuns. A brejeira Giane também comparece com três títulos. Um deles tem “Dominique”, seu maior hit e ainda festejada pelos cinqüentões nostálgicos. Sergio Murilo (três títulos) e Demetrius (quatro CDs) foram dois cantores que fizeram muito sucesso no período pré-Jovem Guarda, mas que tentaram adaptar ao novos tempos depois que foram para suas novas gravadoras. Também foi relançado o primeiro LP de Marcos Roberto com a politicamente incorreta “Vá Embora Daqui”. O falecido Wilson Miranda, que comparece com dois títulos, não se decidia se gravava rock, bossa nova ou samba-canção. Uma curiosidade são álbuns de Vanusa e Martinha pela Continental, gravados nos anos 70, onde elas se saem razoavelmente bem com um repertório mais MPB. O descartável do pacote são os dois LPs gravados pela fraca Rosemary nos anos 70 e um álbum de 1987 de Renato e Seus Blue Caps, bem longe de seus melhores dias. Até Reginaldo Rossi, o eterno rei do brega, também entrou na jogada com um disco que gravou nos anos 60, anos luz do hit “O Garçon”

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