terça-feira, 30 de setembro de 2008

A BOA MÚSICA BRASILEIRA EM DOSE DUPLA





Estão saindo agora dois bons títulos para quem se interessa pela autêntica música brasileira. The Best Of Ernesto Nazareth (Choro Music) junta vários músicos de renome como Daniela Spielmann (saxofone), Milton Mori (bandolin), Nailor Proveta (clarinete), Daniel Dalarossa (flauta). etc... Eles tocam diversas canções do célebre Ernesto Nazareth (1863-1964), um dos patronos do chorinho. São 16 temas, com destaque para “Odeon”, “Apanhei-te, Cavaquinho”, “Expansiva”, etc... Já o grupo Social Samba Fino (Lua Music) tem como proposta apresentar o estilo de uma forma refinada. É um samba mais para se ouvir prestando atenção e menos para se dançar. Mas o grupo também está aberto a influências de choro, bossa nova, baião e frevo, etc... Isto pode ser sentido na produção do CD e na escolha do repertório, que traz canções inéditas de Nei Lopes (Quinteto em Branco e Preto) e regravações de clássicos de nomes como Noel Rosa, Eduardo Gudin e João Nogueira. O vocalista Luiz Mel junta sua voz a de Dona Ivone Lara na faixa “Mel Pra Minha Dor”.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DISCO NOVO E SHOW NO BRASIL




Apesar de muitos acharem que a atual formação do Queen é enganação, já que obviamente não conta com o falecido Freddie Mercury, o fato é que o grupo inglês (ou que sobrou dele) ainda mexe com os fãs. O guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor e o novo vocalista Paul Rodgers (ex-Free, Bad Company, etc...) devem vir ao Brasil para uma série de shows. Em São Paulo, se tudo der certo, as apresentações acontecem nos dias 26 e 27 de novembro na Via Funchal. Para aproveitar a ocasião, a EMI lança The Cosmos Rocks, o novo CD de estúdio do grupo, trazendo canções como “We Believe”, “Voodoo”, “Some Things That Glitter” e “C-lebrity”. Algumas faixas apresentam uma certa grandiosidade que remete ao Queen dos velhos tempos, mas Paul Rodgers felizmente nem ousa imitar Freddie Mercury.

domingo, 28 de setembro de 2008

EX-PINK FLOYD EM FORMA





Depois do “racha” que aconteceu na formação clássica do Pink Floyd, Roger Waters e David Gilmour continuaram mantendo a chama do seu antigo grupo, cada um a sua maneira. Waters se especializou em espetáculos grandiloqüentes e pirotécnicos. Gilmour ficou com o nome Pink Floyd e primou por uma musicalidade mais apurada. O guitarrista aposentou o nome ilustre da banda, mas sua carreira ainda se basea muito nas glórias do Pink Floyd. É o que acontece com Live in Gdansk, um pacote que traz um CD duplo e um DVD. Sai pela Sony/BMG. O material foi gravado em 2006 na cidade de Gdansk (Polônia) e traz Gilmour em forma tocando muito material do Pink Floyd, incluindo clássicos como “Shine on You Crazy Diamond”, “Astronomy Domine”, “Wish You Were Here”, “Fat Old Sun”, “Comfortably Numb”, etc... O lançamento serve como um epitáfio para o tecladista Richard Wright, ex-companheiro de Gilmour no Pink Floyd e que aqui atua como convidado especial. Wright faleceu no dia 15 deste mês, vitimado pelo câncer. A Baltic Symphony Orchestra também participa do evento. O DVD, além de parte do concerto, também tem o documentário Gdanks Diary, que mostra como foi a passagem de David Gilmour pela Polônia.

sábado, 27 de setembro de 2008

PIONEIROS DO HARD AMERICANO




Formado em Nova York em 1967, o grupo Blue Öyster Cult era uma raridade no rock americano da época. Eles eram muito influenciados por bandas britânicas de hard rock como o Black Sabbath e usavam em sua letras temas como fiçção científica e ocultismo. O BOC teve seu apogeu comercial nos anos 70, quando lançaram singles de sucesso como "(Don't Fear) The Reaper" e “Godzilla” e álbuns platinados como Agents of Fortune e Spectres. Em 1981 ainda estouram com "Burnin' for You". Depois isso, entraram em declínio e quase penduraram as guitarras. Mas o BOC perseverou e está aí até hoje, excursionando e lançando algum disco ocasional. A formação mudou várias vezes, mas eles ainda têm lenha para queimar, mostrando como era feito o rock pesado na América dos anos 70. A boa noticia é que a Sony/BMG está soltando no Brasil a compilação Don’t Fear The Reaper, que celebra os 40 anos de música do Blue Öyster Cult. O CD tem 16 faixas, incluindo as já citadas "(Don't Fear) The Reaper" e “Godzilla” e outras como “Black Blade”, “Take me Away” e “Astronomy”.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O NOVO DE PAUL WELLER






No final de outubro, o cantor e compositor inglês Paul Weller toca no Brasil. O músico, que é considerado umas das grandes influências do britpop, é uma das principais atrações do Tim Festival. Esta é a primeira vez que Weller, ex-integrante do The Jam e do Style Council, se apresenta em nosso território. A boa notícia é que a gravadora Universal aproveita a ocasião e solta o mais recente trabalho do músico. O disco se chama 22 Dreams e é o nono da carreira-solo de Weller. O álbum traz um pouco de tudo, incluindo aí rock, soul, jazz, funk e música eletrônica. Weller gravou o álbum em período de um ano e contou com ajuda preciosa do guitarrista Steve Cradock, seu parceiro musical habitual. A produção ficou com Simon Dine. Os destaques são “Song for Alice”, que tem a participação de Robert Wyatt e “Echoes Round the Sun”, com Noel Gallagher do Oasis tocando baixo e piano. Vale também ouvir “Night Lights”, “Dream Reprise” e “Cold Moments".

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

AS EXCENTRICIDADES DE TOM ZÉ




Ao longo de seus mais de 40 anos de carreira, Tom Zé vem dividindo opiniões. É gênio ou picareta? De qualquer forma, quem quiser entrar no universo singular (ou bizarro) do músico precisa assistir ao DVD Fabricando Tom Zé, que sai pela Spectra Nova. O documentário, dirigido por Décio Matos Jr., traz imagens gravadas na Itália, Suíça e França durante a tour européia do músico em 2005 outras cenas registradas em São Paulo, onde ele vive e Irará (Bahia), onde nasceu. Algumas seqüências são hilariantes, como Zé brigando com técnicos de som do de Festival de Montreux (Suiça) e tomando uma sonora vaia na França quando tenta cantar uma música no idioma local e falha miseravelmente. Amigos e fãs ilustres de Tom Zé como Gilberto Gil, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Kid Vinil, David Byrne e outros falam da obra do baiano. O DVD ainda traz um making of onde o diretor Décio Matos Jr. fala como surgiu a idéia de acompanhar este autêntico tropicalista desgarrado.

THE WHO RESGATADO





No dia 15 de dezembro de 1977, os membros do grupo The Who se encontraram no Gaumont State Theatre em Kilburn, Inglaterra, para filmar cenas para o documentário The Kids Are Alright. O cineasta Jeff Stein filmou o show todo, mas ele e a banda não acharam a performance satisfatória e o material foi arquivado. Assim, eles resolveram refazer todo em 1978 nos estúdios de Shepperton. Mas a performance completa de Kilburn já tinha virado lenda entre os fãs, que há muito exigiam que ela fosse lançada oficialmente. E agora a Imagem Entertainment solta o DVD duplo The Who At Kilburn: 1977 com o show histórico na íntegra. Pete Townshend, John Entwistle, Roger Daltrey e Keith Moon são vistos tocando clássicos como “Substitute”, “My Wife”, “Behind Blue Eyes”, “Pinball Wizard”, “My Generation”, “Won’t Get Fooled Again”, “Baba O´Riley”, etc... E banda ainda dá uma prévia de “Who Are You”, canção que daria nome ao disco que lançariam no ano seguinte, o último com o baterista Moon.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

LED AO VIVO EM 1975





Enquanto Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones não decidem se vão realmente gravar um CD com músicas inéditas ou então dar inicio a uma turnê, os fãs do Led Zeppelin se contentam com material de arquivo que é retirado das baú. E o pessoal com certeza vai gostar do DVD Live At Earl´s Court 1975, um lançamento da gravadora Sky Blue com apoio da rádio Kiss Fm. Page, Plant, Jones e o falecido baterista John Bonham esbanjam a energia e o peso de sempre num repertório que inclui as clássicas “Rock And Roll”, “Sick Again”, “Over the Hills and Far Away”, “That´s the Way”, “Bron-y-aur Stomp”, “Trampled Under Foot”, “Dazed and Confused” e “Stairway to Heaven”.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O TROPICALISMO DE NARA



O recente sucesso do CD Onde Brilhem os Olhos Seus, onde Fernanda Takai presta homenagem a Nara Leão, só provou que a eterna musa da musa nova continua muito querida. Mas além de bossa nova, Nara flertou com outros estilos, como a tropicália. No célebre Tropicália ou Panis et Circenses, ela cantou a emblemática “Lindonéia” de Caetano Veloso. Esta faceta de Nara é explorada no CD duplo Nara Tropicália, que sai pela Universal. Além da já citada “Lindoneia’, o disco traz outras criações de Caetano Veloso como “Mamãe Coragem” (parceria dele com Torquato Neto) e “Atrás do Trio Elétrico”. “Vento de Maio” é de Gilberto Gil e Torquato Neto. E como era do espírito do tropicalismo reciclar material de décadas passadas, aqui tem Nara interpretando clássicos da música brasileira como “Odeon”, “O Tic-Tac do meu Coração”, “Ta-Hi (Pra Você Gostar de Mim)”, “Camisa Amarela”, dentre outras. Pesquisa e textos de Thiago Marques Luiz.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

VARIEDADE SONORA




Carlos Zimbher é um dos mais destacados músicos da atual cena de música independente de São Paulo. Ele, que também é presidente e fundador da Cooperativa de Música, já tinha lançado dois elogiados disco solo e agora se junta a outros criativos músicos para tocar o projeto Zimbher e O ‘Zunido. Ao lado dele estão Gustavo Souza (bateria), Estevan Sinkovitz (guitarra) e Luque Barros (baixo). Dois fatores marcam este trabalho: total participação e troca de idéias entre os integrantes e a maior diversidade musical possível e imaginável. Os membros citam influências como Chico Buarque, Cassia Eller e Belchior, a chamada ‘vanguarda paulistana” dos anos 80 e até nomes do rock como Tom Waits, Led Zeppelin e Iron Maiden. Samba, rock jazz, MPB, aqui têm um pouco de tudo. O quarteto paulistano vem com dez canções inéditas, boa parte delas escritas pelo próprio Zimbher como “Vá Embora”, “Mosaico” e “Esquilo Tranqüilo”. Mas o CD também traz parcerias com Ortinho (“Lã”), Kiko Dinucci (“Agenda”) e Luiz Felipe Gama (“Quero te Vestir”). A única regravação é a infame “Geni e o Zeppelin”, de Chico Buarque. Ana Luiza (voz) Luiz Felipe Gama (piano), Dani Zulu (percussão) e Yuri Kallil (space echo) participam deste interessante disco que sai pelo selo Cooperativa com distribuição da Tratore.

Perfil de Zimbher e o'Zunido no MySpace:

http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=184273701

LEMBRANDO CLARA



Apesar de ter falecido há 25 anos, a sambista Clara Nunes nunca foi esquecida pelo grande público. De tempos em tempos chega às lojas uma nova compilação juntando os grandes sucessos da saudosa intérprete mineira. A mais nova se chama Sempre, lançamento da Som Livre. O CD, que têm no total 14 faixas, traz fonogramas licenciados juntos a juntos EMI, gravadora onde ela permaneceu durante toda sua carreira. São canções que tocaram incessantemente nas rádios populares durante a década de 70 como “Morena de Angola” (Chico Buarque), “O Mar Serenou” (Candeia), “Canto das Três Raças” (Paulo César Pinheiro/Mauro Duarte), “As Forças da Natureza” (João Nogueira/Paulo César Pinheiro), etc...

domingo, 21 de setembro de 2008

DAVE CLARK FIVE DE VOLTA





Talvez o público mais jovem não conheça, mas os nostálgicos se lembram muito bem do Dave Clark Five. A banda de Tottenham foi uma das mais populares dos anos 60 e deu muito trabalho aos Beatles. O som pesado e bem marcado do DC5 gerou inúmeros hits como “Glad All Over”, “Bits and Pieces”, “Catch Us If You Can”, “Over and Over”, “Anyway it Want It”, etc... Mas eles também acertavam nas faixas lentas, como pode ser conferido nas baladas “Everybody Knows” e “Because”. À frente do grupo estava o baterista Dave Clark, que também era o produtor e empresário. Completavam o quinteto o excelente cantor e tecladista Mike Smith, o guitarrista Lenny Davidson, o baixista Rick Huxley e o saxofonista Dennis Payton. Em março deste ano o DC5 entrou para o Rock and Roll Hame of Fame. O irônico é que não havia um único disco da grupo em catálogo. Dave Clark, que é dono das matrizes, sempre foi refratário em relançar o material do seu antigo grupo, mas agora que o DC5 voltou à moda, ele coloca no mercado o CD The Dave Clark Five – The Hits, com todas as faixas citadas e muito mais. Sai pela Universal.

sábado, 20 de setembro de 2008

METALLICA RENASCIDO




Os fãs já tinha ouvido pela internet e levantaram os dedões. E quem não agüentava esperar já pode levar para casa seu exemplar de Death Magnetic, o novo CD do grupo americano de thrash metal Metallica. A Universal Music está colocando o CD nas lojas brasileiras nessa semana. O nono trabalho e estúdio da banda aparece depois de um hiato de cinco anos e têm novidades. Ele é produzido por Rick Rubin, notório ressuscitador de carreiras e traz a esperada estréia em disco do baixista Robert Trujillo, que entrou no lugar de Jason Newsted. Nesse tempo onde o mercado de discos anda combalido, Death Magnetic já pode ser considerado um fenômeno. O álbum debutou em primeiro lugar na listagem da revista Billboard, com 500 mil peças vendidas logo de cara. E a aclamação é merecida. Death Magnetic é focado e coeso e conseguiu fazer com que todos apagassem da memória o péssimo St. Anger (2003), o disco que quase conseguiu acabar com a banda. São dez longas faixas que seguram a atenção do começo ao fim. Somente a instrumental “Suicide and Redemption” carece um pouco de idéias e poderia ter sido encurtada. Mas canções como "Broken, Beat & Scarred" , "The End of the Line" , “The Judas Kiss” e “All Nightmare Long" são brutais, rápidas e urgentes, sérias candidatas a se tornarem novos hinos da banda. Talvez a meia-idade esteja fazendo bem a Lars Ulrich, James Hetfield e Kirk Hammett, os três sobreviventes dessa longa jornada do Metallica.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

CAZUZA NA CAIXA



No último dia 4 de abril, o cidadão Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, teria completado 50 anos de idade. A Universal Music, que detém os direitos sobre a obra do artista, não deixou os fãs na mão e lançou um box com toda sua discografia. São seis CDs e um DVD. Os discos incluídos são: Cazuza (Som Livre, 1985), incluindo “Codinome Beija-Flor” e “Exagerado”; Só Se For a Dois (PolyGram, 1987), que destacou “Que Nada”; Ideologia (PolyGram, 1988), com as canções “Ideologia”, “Brasil” e “Faz Parte do Meu Show”; O Tempo Não Pára (PolyGram, 1989), um álbum gravado ao vivo vivo; Burguesia (PolyGram, 1989), último disco que ele gravou em vida, originalmente um LP duplo e Por Aí (PolyGram, 1991), com sobras inéditas de Burguesia. O pacote ainda tem o DVD Pra Sempre Cazuza, trazendo um especial da Globo gravado em 1985 com participações de Gal Costa, Simone, Gilberto Gil, Sandra de Sá e Frejat e outros. O curioso é que há cerca de dois meses este mesmo DVD já tinha saído avulso.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CREEDENCE INÉDITO E COM BÔNUS



Praticamente todos os grande nomes do rock dos anos 60 e 70 já tiveram seus discos lançados com som remasterizado e faixas-bônus. Mas isto não tinha acontecido ainda com o Creedence Clearwater Revival, banda lendária americana formada por John Fogerty (vocais, guitarra solo, composições), Tom Fogerty (guitarra base), Stu Coook (baixo) e Doug Clifford (bateria). Finalmente a situação muda neste momento, já que estão sendo comemorados os 40 anos de lançamento do primeiro álbum da banda. Os seis primeiros álbuns de estúdio do CCR estão saindo pela Fantasy/Universal com som melhorado, faixas extras e caprichado livreto. Veja os discos e o que têm neles. Creedence Clearwater Revival (1968) - os bônus são: “Call It Pretending” (lado B), “Before You Accuse Me” (outtake), “Ninety-Nine and a Half” (ao vivo no Fillmore), “Suzie Q" (ao vivo no Fillmore); Bayou Country (1969) - os bônus são: “Bootleg” (take alternativo), “Born on the Bayou” (ao vivo no Royal Albert Hall, Inglaterra), “Proud Mary” (ao vivo em Estocolmo), “Crazy Otto" (ao vivo no Fillmore); Green River (1969) - os bônus são: “Broken Spoke Shuffle” (canção inédita), “Glory Be” (canção inédita), “Bad Moon Rising” (ao vivo em Berlim), “Green River"/"Suzie Q" (ao vivo em Estocolmo), “Lodi” (ao vivo em Hamburgo); Willy and the Poor Boys (1969) – os bônus são: “Fortunate Son” (ao vivo em Manchester), “It Came Out of the Sky’ (ao vivo em Berlim), “Down on the Corner” (jam com o Booker T. & the MGs); Cosmo's Factory (1970) - os bônus são: "Travelin' Band" (outtake) ,”Up Around the Bend” (ao vivo em Amsterdam) , “Born on the Bayou” (jam com Booker T. & the MGs); Pendulum (1970) - os bônus são: "45 Revolutions Per Minutes Part 1" (inédita),"45 Revolutions Per Minutes Part 2" (inédita), “Hey Tonight” (ao vivo em Hamburgo). Nesse processo de relançamentos ficaram de fora por enquanto Mardi Gras (1972) Live in Europe (1973, ao vivo) e The Concert (1970, ao vivo). Ainda não têm previsão de lançamento no Brasil.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BARBUDOS AO VIVO





Há quase 30 anos na estrada, o grupo texano ZZ Top ainda mantém a mesma consistência sonora do inicio de carreira. Billy Gibbons ( vocais, guitarra, harmonica), Dusty Hill (vocais, baixo, teclado) e Frank Beard (bateria, percussão) vem tocando sua mistura de blues e hard rock com a técnica e bom-humor de sempre. Apesar de seus dias como hitmaker terem ficado para trás, a banda dos barbudos ainda têm uma legião de seguidores no mundo todo. E essa turma vai gostar do DVD Live From Texas, que sai pela Eagle/ST2. Gravado em novembro do ano passado no Texas, ele tem todos os clássicos do ZZ Top como “Cheap Sunglasses”, “Tube Snake Boogie”, “Legs”, “Tush” e outras. Na parte de extras, o trio conta um pouco da sua história durante um jogo de poker. Ainda tem os bastidores do dia do show e a banda tocando “Foxy Lady”, original de Jimi Hendrix. E agora O ZZ Top se prepara para gravar um novo álbum, que vai ser produzido por Rick Rubin.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

HOMENAGEM BRANCA




Lançado em novembro de 1968, o álbum duplo The Beatles (mais conhecido como White Album) trouxe canções que o grupo escreveu em sua visita a Índia. O disco mostrou que John Lennon e Paul Mcartney estavam seguindo rumos diferentes. E George Harrison brilhava cada vez mais com suas composições. Para marcar os 40 anos do disco, o jornalista e pesquisador Marcelo Froes bolou uma versão tupiniquim deste álbum clássico do Fab Four. O CD duplo sai pelo selo Descobertas, com distribuição da Coqueiro Verde. Obviamente, é um tanto irregular e ninguém em sã consciência vai trocar o original por esse aqui. Vale mais como curiosidade. No CD estão incluídas “Helter Skelter” (Andreas Kisser’s Lostapes), “Dear Prudence” (Zé Ramalho), “Birthday” (Pato Fu), “Blackbird” (Sylvinha Araújo, em sua derradeira gravação), “Honey Pie” (Flávio Venturini & Aggeu Marques), "Glass Onion" (Cachorro Grande), “Good Night”, (Jerry Adriani & Tantra), etc... O lançamento em São Paulo aconteceu na Fenac, com a presença de alguns participantes.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

OS MAESTROS NO BRASIL




Dois dos maiores nomes da música popular mundial já confirmaram novas visitas ao nosso território. No dia 28 de outubro quem aparece por aqui é o maestro, compositor e pianista francês Michel Legrand. Ele vai se apresentar na Via Funchal, em São Paulo. Em atividade há quase 50 anos, Legrand escreveu inúmeras trilhas de filmes como Os Guarda-Chuvas do Amor, Duas Garotas Românticas, Houve Uma Vez um Verão, etc... Suas canções se transformaram em hits na voz de incontáveis intérpretes. Dentre elas, “The Windmills Of Your Mind”, “The Summer Knows”, “What Are Doing The Rest Of Your Life”, etc... O americano Burt Bacharach, como todos sabem, têm um perfil parecido com o de Legrand. Maestro, produtor, compositor e cantor ocasional, o genial Bacharach nunca sai de moda. Sua passagem pelo Brasil vai acontecer no ano que vem. Teatro Positivo (Curitiba, 11 de abril), Teatro Do Sesi (Porto Alegre, 13 de abril), Credicard Hall (São Paulo 15 e 16 de abril) e Citibank Hall (Rio de Janeiro, 18 de abril). “Raindrops Keep Falling on My Head”, “I Say a Little Prayer”, “Close To You” e outras serão executadas.

domingo, 14 de setembro de 2008

NOVA RC TRAZ BOWIE



A edição de outubro da revista inglesa Record Collector já pode ser encontrada em livrarias e bancas que disponibilizam publicações importadas. Na capa está David Bowie. O foco são as gravações inéditas do artista que ainda se encontram juntando poeira nos arquivos da gravadora EMI. Outro destaque da RC é uma entrevista com Brian Wilson. O ex-Beach Boy está lançando o aclamado That Lucky Old Sun e dá mais detalhes sobre o disco. Sir Cliff Richard, que está comemorando 50 anos no showbusiness, também ganha destaque na Record Collector. Uma outra matéria relembra o recém-falecido soulman Isaac Hayes. E a publicação ainda tem resenhas dos principais livros, CDs e DVDs que estão chegando às lojas do mundo todo.

sábado, 13 de setembro de 2008

50 ANOS DE CLIFF




Há algumas semanas o cantor britânico Cliff Richard ganhou manchetes ao assumir que mantém um “relacionamento íntimo” com um ex-missionário. Sir Cliff está comemorando 50 anos de carreira e fez esta revelação em sua biografia My Life, My Way, que acabou de chegar às livrarias inglesas. Mas o que interessa aqui é o lançamento do box 1958-2008: ... And They Said It Wouldn't Last! My 50 Years in Music, que sai pela EMI inglesa. Com 8 CDs, a caixa tem muito material inédito – no total são 53 faixas nunca lançadas antes comercialmente. Os CDs são temáticos: The Early Years; Rare B Sides (1963-89); Rare EP Tracks (1961-91); Stage and Screen; The Number Ones Hits Around The World; Faith & Inspiration; Live in 72; Lost and Found (From The Archives). O pacote ainda têm um livro de 52 páginas, uma moeda comemorativa e uma réplica de “Schoolboy Crush”/”Move It”, o primeiro lançamento de Cliff.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MÚSICA DO ABBA NA TELA GRANDE



O musical Mamma Mia!, baseado nas canções do grupo sueco Abba, é um fenômeno. Ele estreou em 1999 e já foi visto por mais de 30 milhões de pessoas no mundo todo. Seria inevitável que fosse adaptado para a tela grande. A versão cinematográfica estréia hoje nos cinemas brasileiros. A trama desta comédia musical é a seguinte: numa paradisíaca ilha grega, Donna (Meryl Streep) se prepara para casar a filha Sophie (Amanda Seyfried). O problema é que na lista de convidados estão três homens que podem ser o pai da Sophie, cuja identidade ela nunca descobriu. Isso tudo é pretexto para os atores soltarem a voz em algumas das mais duradouras canções de Benny Andersson e Björn Ulvaeus, a dupla de compositores do Abba. A trilha sonora acabou de ser lançada pela Universal Music. O CD têm “Mamma Mia!" (Meryl Streep), "Dancing Queen" (Meryl Streep, Christine Baranski e Julie Walters), “Super Trouper" (Meryl Streep, Christine Baranski e Julie Walters),"SOS" (Pierce Brosnan e Meryl Streep), “The Winner Takes It All” (Meryl Streep). etc... Benny Anderson produziu a trilha e tentou ao máximo manter a sonoridade que seu antigo grupo forjou nos anos 70 e 80. Claro, não dá para comparar com as gravações originais do Abba, mas é um suvenir divertido para quem for assistir ao filme.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

OS HERÓIS DA MOTOWN


A gravadora Motown foi uma verdadeira fábrica de hits nas décadas de 60 e 70. Todo mundo conhece os grandes astros: The Supremes, Smokey Robinson & The Miracles, Marvin Gaye, The Four Tops, Martha and The Vandellas, The Temptations, etc... Mas quase ninguém conhecia os heróis anônimos por trás dos hits, os músicos de estúdio conhecidos como Funk Brothers. Muitos deles já morreram, mas os que ainda estão vivos de tempos para cá vêm sendo alvo de diversas homenagens. O elogiado documentário Standing In The Shadows of Motown (2002) tornou esses grandes músicos um pouco mais conhecidos do público em geral. É bom saber que três deles estão excursionando com o nome Funk Brothers. Os sobreviventes são: Uriel Jones (bateria), Eddie Willis (guitarra) e Bob Babbitt (baixo). O DVD Funk Brothers Live in Orlando, que sai pela ST2, traz um show dos veteranos onde eles reprisam algumas das músicas que abrilhantaram com seus instrumentos como “Shotgun”, “Dancing In The Street”, “Heatwave”, “You Can´t Hurry Love”, “Ain’t No Mountain High Enough”, etc... Nos vocais estão Delbert Nelson, Donna Curtin e Marcia Ware.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

RENASCIDO DAS CINZAS



BOY GEORGE
VIA FUNCHAL/SP
09/09/2008

O cidadão George Alan O'Dowd, mais conhecido como Boy George, só ganhou manchetes nesta década de 2000 por causa dos escândalos em que se meteu. O uso de heroína quase acabou com sua vida e carreira. Nestes últimos tempos ele até preferia se virar como DJ do que cantar – ele até esteve aqui nessa função no ano passado numa visita pouco divulgada. O ex-vocalista do Culture Club prometeu colocar sua vida no eixo e voltou a excursionar. E ele voltou ao Brasil para cantar. Apesar de acima do peso, a voz do cantor de 48 anos está em excelentes condições e mais madura. Ele trouxe uma banda econômica mais muito competente, que tinha mais a ver com rock setentista do que new wave ou som tipicamente anos 80. George nunca escondeu que sempre adorou glitter e glam e até cantou “Get it On” (do T. Rex, grupo de seu herói Marc Bolan) e “Suffragette City” de David Bowie. O cantor, também fã confesso de gospel e spirituals, fez todo mundo levantar os braços enquanto cantava “Down By The Riverside” e “Let It Shine”. Claro, o show foi sustentado por hits do Culture Club como “Do You Really Want To Hurt Me”, “Miss me Blind”, “Karma Chameleon", "It's a Miracle" e "I'll Tumble 4 Ya". Teve também “Everything I Own”, um de seus hits solo. George se mostrou pouco afetado e foi muito simpático com os fãs. E o melhor: dessa vez, nada de escândalo. Somente música pop de primeira.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

POPULAR E ERUDITO


Ao longo de seus mais de 40 anos de carreira, o cantor, compositor e violonista Toquinho já fez um pouco de tudo. Um de seus grandes momentos nestes últimos anos foi o disco que gravou ao lado da orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. Agora o CD Toquinho e Orquestra Jazz Sinfônica está sendo relançado pela Biscoito Fino. O material foi gravado ao vivo em 2002, na sala São Paulo, destacando clássicos como “Eu Sei que Vou te Amar” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Trenzinho do Caipira” (Villa-Lobos), “Samba de Orly” (Toquinho, Vinicius de Moraes e Chico Buarque) e Jobiniana (Cyro Pereira), Regra Três”, “Tarde em Itapoã”, “Aquarela” (Toquinho e Vinicius de Moraes), etc... Os 85 componentes da Jazz Sinfônica estiveram sob a batuta de dois tarimbados maestros: Cyro Pereira e João Maurício Galindo. Recomendado.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

KID DESTRINCHA O ROCK



O paulistano Antonio Carlos Senefonte, mais conhecido com Kid Vinil, dispensa maiores apresentações. Jornalista, radialista, produtor, DJ, VJ, colecionador, pesquisador e cantor, Kid é uma lenda viva e verdadeira autoridade em rock em roll. E ninguém melhor do que ele para escrever o Almanaque do Rock, que sai pela Ediouro. O livro tem aquele esquema consagrado em outros almanaques do gênero. As informações são diretas e precisas, feitas para quem quer saber o básico, sem perder muito tempo. E obviamente a obra traz um monte de curiosidades e fatos interessantes que o mestre Kid acumulou ao longo de várias décadas atuando no meio roqueiro. São quase 250 páginas falando de rockabilly, psicodelismo, garagem, punk, new wave, grunge, prog rock, glitter, metal, indie rock, e é claro, rock brasileiro. Sim, o Magazine do Kid, que emplacou nos anos 80 as memoráveis “Eu Sou Boy” e “Tic Tic Nervoso”, está n livro na parte que fala dos chamados “one hit wonders”.

Site oficial do Kid Vinil:
www.kidvinil.com/

domingo, 7 de setembro de 2008

NOITE DO BARULHO





ORLOFF FIVE
VIA FUNCHAL/SP
06/09/2008
O Orloff Five é um daqueles festivais cuja escalação parece fazer sentido na cabeça dos organizadores, mas na hora do vamos ver, é pura incongruência. O grupo brasileiro Vanguart abriu o evento e tocou para praticamente ninguém. Na seqüência entrou a veterana banda underground americana The Melvins, festejada por ter influenciado o grunge e Kurt Cobain em particular. Realmente deu para perceber que o zumbido arrastado dos Melvins se infitrou nas bandas de Seatle dos anos 90. Mas o estranho cantor e guitarrista Buzz Osborne e seus companheiros fazem um som completamente experimental e de estrutura anti-convencional. As músicas são emendadas umas nas outras e muita gente não deve ter entendido nada. O grupo usou duas baterias e o impacto sonoro não era recomendado para pessoas de nervos frágeis. Foi disparado o melhor da noite. Depois do apocalipse sonoro do The Melvins, veio o quarteto Plasticines. O punk pop de butique das beldades francesas só agradou a quem gosta de coisas toscas. Desafinadas e ruins de palco, as meninas vieram com coisas como “Loser”, “Bitch” e “Out of Control”. Também arruinaram “These Boots Were Made For Walking”, de Nancy Sinatra. O badalado The Hives fechou a noite. O som do quinteto sueco é ardido e sem nenhum suingue. As hiperatividade do vocalista Pelle Almqvist e as micagens do guitarrista Nicholaus Arson cansaram depois de um certo tempo. Tocaram hits como "Tick Tick Boom", "Main Offender" e "Hate to Say I Told You So". Mas uma hora e meia de Hives é muito para cabeça – e para os ouvidos. A noite ainda teve o DJ Tittsworth, mas foi tão rápido que ninguém prestou muita atenção.

sábado, 6 de setembro de 2008

CAT AO VIVO




Lançado em novembro de 1970, o álbum Tea For The Tillerman transformou Cat Stevens em megastar. Produzido por Paul Samwell-Smith (ex-membro do grupo Yardbirds), o disco vendeu milhões e trouxe grandes hits como "Father and Son" e “Wild World”. Em 1971, Stevens gravou um mini-especial para a TV inglesa onde cantou as seguintes canções do álbum: "Where Do the Children Play?", "Hard Headed Woman", "Miles from Nowhere", "Longer Boats", "On the Road to Find Out", "Father and Son" e “Wild World”. E também interpretou seu outro grande hit da época, “Moonshadow”. Tea for the Tillerman Live, que sai em DVD na Inglatera pela
pela Wienerworld, traz o concerto na íntegra. Ainda têm um desenho animado concebido por Stevens chamado Teaser and The Firecat.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

RELEMBRANDO BEZERRA





Apesar de nos seus últimos anos de vida ele se encontrar repetitivo e meio sem-graça, Bezerra da Silva (1927 - 2005) teve um período fértil onde conseguia mandar seu recado gravando canções que eram crônicas engraçadas sobre uma malandragem idealizada dos morros cariocas. Tributo a Bezerra da Silva, que sai pela Som Livre em CD e DVD, traz um show gravado em 2006 na Fundição Progresso (RJ). Como sempre acontece neste tipo de homenagem, tem altos e baixos, mas poderia ser pior. Participam Marcelo D2, Dicró, Betb Carvalho, Bnegão, Jards Macalé, Max de Castro, Otto, Elza Soares, Luiz Melodia, Leci Brandão, João Gordo, Barão Vermelho, Daúde, Pedro Luis Parede e vários compositores do morro que faziam a maior parte das músicas do falecido sambista. Enquanto essa turma se apresenta, Bezerra cascateia em depoimentos que são exibidos em um telão.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A PRIMEIRA VEZ DE BOLTON





MICHAEL BOLTON
VIA FUNCHAL/SP
03/09/2008

Michael Bolton, o horror da crítica e dos puristas, cantou pela primeira vez no Brasil. Ele já esteve aqui antes, mas para uma visita promocional. É até injusto comparar as versões que Bolton com as originais. Mas é preciso dizer que no palco ele consegue transcender as limitações de um mero artista que fez fama às custas de covers. O show do crooner é impecável e têm personalidade. Bolton interpretou várias canções que as gerações mais novas conhecem por causa dele como “To Love Somebody” (Bee Gees), "You Don´t Know Me" (Ray Charles), “(Sittin' On) The Dock of The Bay” (Otis Redding) e “When a Man Love a Woman” (Percy Sledge). No meio do espetáculo, prestou um tributo a Frank Sinatra com algumas músicas do CD Bolton Swings Sinatra como “Fly Me To The Moon”, “Theme From New Yor New York”, “That’s Life” e “For Once in My Life”. Prestou homenagem a George e Ira Gershwin com “Summertime” e “They Can´t Take That Away From Me” (uma versão instrumental) e cantou a ária “Nessum Dorma!” que gravou no disco My Secret Passion. Do álbum Soul Provider, que gravou em 1989 e o tornou superstar, Bolton recordou a faixa título, "How Can We Be Lovers?" e o mega hit “How Am I Supposed to Live Without You", que ele escreveu originalmente para a falecida Laura Branigan. No bis, Michael mostrou que sabe se virar como guitarrista no blues "Rock Me Baby". A banda de Bolton é afiada, com destaque para as vocalistas que também atuavam como naipe de metais. As garotas eram um verdadeiro colírio para os olhos, embora às vezes ficasse a impressão que muita coisa ali era pré-gravada. Bolton, extremamente simpático e com a voz em forma, arrancou gritos da parte feminina na platéia. Se a primeira impressão é a que vale, então Michael Bolton triunfou com todos os louros na Via Funchal. A única nota fora da noite foi atraso de uma hora. Segundo a produção, culpa da alfândega, que liberou muito tarde o equipamento da banda.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

PÉROLA SESSENTISTA



Um dos grandes grupos dos anos 60, o Beau Brummels veio de São Francisco e logo fez seu nome no selo Autumn. O vocal de Sal Valentino e as composições do guitarrista Ron Elliot se tornaram marcas registradas desta notável banda de folk rock, que logo estourou com os hits “Laugh Laugh” e “Just a Little”. Eles se tornaram tão populares que foram até convidados a participar do Flintstones, obviamente como de desenho animado. O grupo saiu da Autumn e assinou com a poderosa Warner. Lá, lançaram, o cult Triangle (1967). Só que o disco de estréia pela nova gravadora foi um álbum de covers. Beau Brummels 66 tinha 'You’ve Got to Hide Your Love Away” (Beatles), “Mr. Tambourine Man” (The Byrds), “Louie, Louie” (Kingsmen), “Homeward Bound” (Simon & Garfunkel), “These Boots Are Made for Walking” (Nancy Sinatra), “Monday Monday” (The Mamas & The Papas), etc... O disco não foi bem recebido na época. Críticos e fãs sentiam falta das canções originais da banda. O vinil (que saiu também no Brasil) foi retirado de catálogo e nunca mais reeditado. A boa notícia é que a gravadora Collector's Choice reeditou este disco negligenciado em CD. Os completistas vão adoram, mas este é um álbum que vale ser reavaliado.

Veja o Beau Brummels no desenho os Flintstones:

terça-feira, 2 de setembro de 2008

MÚSICA, COMÉDIA E POLÊMICA



Tom e Dick Smothers, mais conhecidos como The Smothers Brothers, comandaram um programa de variedades de muito sucesso nos Estados Unidos na segunda metade dos ano 60. Tom e Dick eram comediantes e cantores folk e levaram ao seu show alguns dos maiores nomes da música e da comédia dos anos 60. Mas os quadros humorísticos, que ridicularizavam religião, o governo americano e o envolvimento dos EUA na guerra do Vietnã, criaram problemas com a censura. A Rede CBS então tirou o show do ar em 1969. Os arquivos do programa são uma verdadeira mina de ouro e agora começam a ser explorados pela Time-Life. O box The Smothers Brothers Comedy Hour: The Best of Season 3 , com cinco DVDs, traz 11 episódios da terceira temporada. Na parte musical aparecem The Doors, Mama Cass Elliot, Harry Belafonte, The Everly Brothers, Glen Campbell, The Righteous Brothers, Peter Paul and Mary, Steppenwolf, Joan Baez, Ray Charles, Donovan, Ike & Tina Turner, Liberace e outros.

Veja aqui um preview do box:

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SHINE A LIGHT, O DVD





Há muito tempo os Rolling Stones estão devendo aos fãs uma retrospectiva geral de sua carreira, tirando do baú material raro e inédito, tanto em áudio quanto em vídeo. Enquanto isso, eles seguem ano após ano reciclando em vídeo suas turnês e shows mais recentes. Nada contra, mas muita gente quer mesmo é recordar a banda formada por Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood em seus dias de glória e total criatividade nas décadas de 60 e 70. E já está nas lojas o mais recente produto desta atual safra dos Stones: o DVD do filme Shine a Light (Imagem Filmes), que têm a grife do diretor Martin Scorsese. O show, que aconteceu no Teatro Beacon (Nova Yorque), traz aquelas de sempre (“Satisfaction”, “Brown Sugar”) e várias canções de Exile on Main Street e Some Girls, dois dos mais consistentes discos que a banda lançou nos anos 70. Christina Aguilera, Buddy Guy e Jack White participam. Se você comprou a trilha, que saiu em CD duplo pela Universal Music há alguns meses, então pegue o DVD e coloque junto no armário. E espere sentado os Stones liberarem os arquivos...