sábado, 31 de maio de 2008

HOMENAGENS AO MAESTRO






No dia 12 deste mês de maio o maestro, pianista, arranjador, compositor e produtor Burt Bacharach celebrou 80 anos de idade. Bacharach, que se encontra em plena atividade e excursionando pelo mundo todo, vêm recebendo uma série de homenagens. Hoje acontece uma delas. A cantora Patty Ascher apresenta no Teatro Frei Caneca (SP), o show Bacharach Bossa Club, que tem por base o CD de mesmo nome, lançado no ano passado pela Albatroz, com produção de Roberto Menescal. No CD, Patty interpreta clássicos de Burt Bacharach em levada de bossa nova. O espetáculo tem direção de Luiz Carlos Miele (que faz também uma participação especial) e roteiro do jornalista e radialista Toninho Spessoto, com direção musical é do maestro Marco Pontes. No repertório, composições clássicas de Bacharach com seu parceiro, o letrista Hal David, destacando “Close To You”, “Raindrops Keep Fallin' On My Head”, “I Say a Little Prayer”, “Wives And Lovers”, “One Less Bell To Answer” e muitas outras. E isto é apenas uma prévia. Bacharach deve vir ao Brasil em outubro para uma série de shows – a própria Patty também está envolvida neste projeto. Outra boa novidade é o disco Always Something There - A Burt Bacharach Collectors' Anthology: 1952 – 1969, que sai pela gravadora inglesa Ace. Neste CD, somente faixas raras e difíceis de achar como “Move It On The Backbeat” (Burt & The Backbeats, sim é o próprio Bacharach aqui!), “Once In A Blue Moon” ( Nat 'King' Cole), “Dream Sweet Dreamer” (Dionne Warwick), "If I Never Get To Love You" (Gene Pitney), "So Long Johnny" (Jackie Deshannon), “Send Me No Flowers” (Doris Day), etc... São no total 26 faixas.

Site oficial de Patty Ascher:
www.pattyascher.com

Um excelente fórum sobre Burt Bacharach:
www.bacharachonline.com/

sexta-feira, 30 de maio de 2008

BRIAN REVIVE PET SOUNDS





Em setembro, Brian Wilson deve lançar seu novo disco, cujo nome é That Lucky Old Sun. Enquanto isto, nunca é demais rever o ex-líder dos Beach Boys tocar a obra-prima Pet Sounds na íntegra. O DVD Brian Wilson Presents Pet Sounds Live In London foi novamente disponibilizado no mercado, desta vez pala Universal Music. O título traz todas as músicas do álbum, lançado em 1966 pelos Beach Boys, com seqüências retiradas de seis apresentações acontecidas em 2002 no Royal Festival Hall (Londres). Acompanhado pelo pessoal do Wondermints, Brian ataca com vontade clássicos como “Wouldn´t It Be Nice”, “God Only Knows”, “Here Today”, “Caroline No”, "I Know There´s an Answer" “Sloop John B”, “I Just Wasn't Made For These Times” e outras. O featurette Pet Stories dura 40 minutos e têm depoimentos de Brian, do letrista Tony Asher, da baixista Carol Kaye, do baterista Hal Blaine e de outros que ajudaram na elaboração e execução do lendário álbum que marcou época nos anos 60. Indispensável.

Aqui o site oficial de Brian Wilson:
http://www.brianwilson.com/

Veja o ex-Beach Boy tocando “God Only Knows”

quarta-feira, 28 de maio de 2008

IUPIE, POP DE PERNAMBUCO




Formado por Amarelo (violão e voz), Matheus (guitarra), Lázaro (baixo e vocal) e Anderson (bateria e vocal), o Iupie surgiu em Recife em 2002. Nestes cinco anos de existência, o pop/rock emocional da banda já ganhou um público fiel em sua terra. Agora o quarteto pernambucano está lançando seu segundo CD, cujos destaques são as músicas “Vou Esperar “, “Saudade” e “Em Cada Frase” . Outra novidade é que o Iupie decidiu se fixar em São Paulo para obter melhores resultados. Amarelo, o vocalista, fala um pouco do começo de carreira e das mudanças na formação. “O Anderson (baterista) tinha o projeto de fazer uma banda onde ele tocasse guitarra, ao invés de bateria, e cantasse. Nós nunca havíamos tocado juntos, na época cada um tinha sua banda, até que ele me convidou pra fazer parte desse projeto quando nossas bandas tocaram juntas em um show no centro da cidade. Inicialmente, eu era só guitarrista, depois larguei a guitarra e passei a cantar, o Anderson voltou para a bateria, e alguns integrantes terminaram saindo porque eu e ele, desde o início, sempre deixamos a banda em primeiro plano, e nem todo mundo era como a gente. Há aproximadamente três anos, encontramos Matheus (guitarrista) e Lázaro (baixista) que abraçaram o lance com a mesma vontade que a gente”. Amarelo também fala como foi trabalhar com o produtor Tadeu Patolla: “O Tadeu assinou o trabalho de bandas que nós conhecemos e gostamos muito como Biquini Cavadão, Charlie Brown Jr., entre outras. E trabalhar com ele foi muito bom e muito fácil. É um cara que saca muito de música e que entra completamente na realidade da banda, tornando-se um 5º integrante. A produção do disco fluiu muito rapidamente e o resultado foi muito bom”. Para finalizar, o cantor fala dessa mudança para o sudeste: “Nós sabemos que o eixo Rio/SP continua sendo a praia para o tipo de som que o Iupie faz. Temos um público grande e muito fiel no nordeste, mas também tem a idéia de ficarmos em um lugar mais central. Pensando assim, São Paulo ficou como ponto de partida da banda, onde estamos morando atualmente. Mas estamos sempre viajando, seja no norte, no sul, no nosso nordeste, e acho que o que nós não queremos mesmo é parar, estamos sendo muito bem recebidos em todos os lugares pelos quais estamos passando e isso tá sendo maravilhoso”.

Site oficial:
iupie.com.br/

MySpace:
http://www.myspace.com/iupieoficial

terça-feira, 27 de maio de 2008

MPB COM SOTAQUE PORTUGUÊS



A série Jazz All Nights, que no ano passado aconteceu no Rio de Janeiro e trouxe nomes como Madeleine Peyroux, Toots Thielemans e os Swingle Singers, agora também vai acontecer em São Paulo. Mas tudo vai começar no Sábado (dia 31) com a apresentação de Teresa Salgueiro (vocalista do grupo português Madredeus) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No dia 02 de junho ela se apresenta em São Paulo, no Theatro Municipal da cidade. O segundo nome do projeto vai ser o cantor norte-americano Bobby McFerrin (15 de junho no Rio e 22 de junho em SP). O ciclo acaba com Freddy Cole (irmão de Nat King Cole), no dia 18 de setembro no Rio e no dia 22 de setembro em SP. Teresa vêm ao Brasil para mostrar o projeto Você e Eu, onde interpreta mas de 20 canções clássicas da música brasileira do período 1930 a 1970, dando ênfase na bossa nova. Entram em cena criações de Pixinguinha, Ary Barroso, Chico Buarque de Holanda, Dorival Caymmi, Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra e outros. Dentre as músicas estão “Maracangalha”, “Meditação”, “Você e Eu”, “Pra Machucar Meu Coração”, “Inútil Paisagem”, erc... A cantora vai ser acompanhada pelo o septeto de João Cristal, com direção musical e arranjos de João Cristal. Informações sobre ingressos: Disque Dell`Arte: (11) 6163-5087 ou então no site www.ticketmaster.com.br

quinta-feira, 22 de maio de 2008

DOO WOP E HUMOR



Para quem gosta de música e humor, a melhor notícia dos últimos tempos é o lançamento pelo selo Rhino Handmade da caixa There’s a Riot Going On, contendo toda a obra do The Coasters. O grupo, formado no começo dos anos 50, se chamava originalmente The Robins e depois que foi descoberto pelos produtores e compositores Jerry Leiber e Mike Stoller, emplacou canções como “Riot In Cell Block #9”, “I Must Be Dreamin'” e “Smokey Joe's Café”. Depois de mudar alguns integrantes, de gravadora (eles saíram da Spark e foram para a Atco, subsdiária da Atlantic Records) e de trocar o nome para The Coasters, veio mais uma série de canções humorísticas com raízes no R&B e doo wop como os hits “Down In Mexico”, “Young Blood”, “Searching”, “That´s Rock and Roll”, “Charlie Brown”, “Yakety Yak”, “Along Came Jones, “Three Cool Cats”, “Little Egypt”, “Poison Ivy” e muitas outras. A formação clássica do The Coasters contava com Billy Guy, Will “Dub” Jones, Carl Gardner e Cornell Gunter. No estúdio, o quarteto era acompanhado por grandes músicos como o guitarrista Adolph Jacobs e o saxofonista King Curtis. There’s a Riot Going On, que vêm com quatro CDs, traz tudo o que foi gravado pelos Robins e Coasters, incluindo raridades, takes alternativos e versões em estéreo. O box ainda tem um livro escrito por James Ritz, que co-produziu a compilação. A edição é limitada: apenas 4 mil cópias estão sendo comercializadas.

Veja aqui o The Coasters interpretando Along Came Jones:

quarta-feira, 21 de maio de 2008

JOVEM GUARDA POUCO EXPLORADA





Um novo pacote com 25 CDs traz de volta nomes da Jovem Guarda e similares. Muito material obscuro e raro já tinha sido resgatado pelas gravadoras Sony e EMI, que detém os melhores títulos lançados na época. A Warner agora tira do fundo do baú material da Continental e Chantecler. É uma atitude louvável, mas será que realmente vale a pena essa avalanche de antigüidades? Claro, aqui têm coisas de valor, mas alguns artistas são de segundo escalão e certos títulos, desnecessários. A cereja do bolo do pacote é o único LP do Brasas, banda gaúcha da qual fazia parte Luiz Wagner e Franco Scornavacca, o pai dos moleques do KLB. Marcio e Ronald Antonnuci, que formavam a dupla Os Vips, foram muito populares nos anos 60 e seus três álbuns que estão na série, eram muito procurados pelos colecionadores. Joelma, cantora dramática cujo repertório se apoiava em versões do pop europeu, é brindada com três álbuns. A brejeira Giane também comparece com três títulos. Um deles tem “Dominique”, seu maior hit e ainda festejada pelos cinqüentões nostálgicos. Sergio Murilo (três títulos) e Demetrius (quatro CDs) foram dois cantores que fizeram muito sucesso no período pré-Jovem Guarda, mas que tentaram adaptar ao novos tempos depois que foram para suas novas gravadoras. Também foi relançado o primeiro LP de Marcos Roberto com a politicamente incorreta “Vá Embora Daqui”. O falecido Wilson Miranda, que comparece com dois títulos, não se decidia se gravava rock, bossa nova ou samba-canção. Uma curiosidade são álbuns de Vanusa e Martinha pela Continental, gravados nos anos 70, onde elas se saem razoavelmente bem com um repertório mais MPB. O descartável do pacote são os dois LPs gravados pela fraca Rosemary nos anos 70 e um álbum de 1987 de Renato e Seus Blue Caps, bem longe de seus melhores dias. Até Reginaldo Rossi, o eterno rei do brega, também entrou na jogada com um disco que gravou nos anos 60, anos luz do hit “O Garçon”

quarta-feira, 14 de maio de 2008

CELEBRANDO THE VOICE




Há dez anos morria Frank Sinatra. Bom, isso todo mundo sabe. Mas vale dizer que a Warner Music marca a ocasião com a compilação Nothing But The Best, contendo 22 faixas da época em que Sinatra gravou no selo Reprise, a partir do começo dos anos 60. É interessante: apesar da crítica ser unânime em afirmar que seu melhor período foi na Capitol, nos anos 50, os anos da Reprise parecem ser o de maior popularidade junto ao grande público, principalmente por causa de hits como “Strangers In The Night”, “Somethin’ Stupid” (dueto com sua filha Nancy Sinatra), “My Way” e “ Theme From New York, New York”, todas presentes no CD. “The Girl From Ipanema” (com Tom Jobim) e outras músicas marcantes como “That´s Life”, “Call Me Irresponsible” e “Summer Wind” também estão no disco. Para colecionadores, o atrativo é uma versão inédita para "Body And Soul" . Já a Warner Home Video lança um pack chamado Frank Sinatra - Os Anos Dourados contendo os filmes Armadilha Amorosa (The Tender Trap) Deus Sabe Quanto Amei (Some Came Running) e Vamos Casar Outra Vez (Marriage on The Rocks), Os lançamentos fazem parte de uma união entre a recém criada Frank Sinatra Enterprises (FSE) junto a Warner Music, Warner Home Video, MGM Home Entertainment, Turner Classic Movies para manter o nome e a música de The Voice em evidência.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

DENNIS RESGATADO E BEACH BOYS NA CAIXA






Finalmente Pacif Ocean Blue, disco de Dennis Wilson, lançado originalmente em 1978, vai ser relançado em CD. O trabalho solo do ex-Beach Boys tinha saído em CD no começo dos anos 90, mas logo foi retirado de catálogo e começou a se vendido por uma nota preta no Ebay. Agora POB aparece numa edição dupla de luxo e remasterizada, junto com o inédito Bambu, álbum que Dennis gravou intermitentemente no começo dos anos 80 mas nunca conseguiu finalizar. A Sony/Legacy resolveu todos os problemas legais referentes ao álbum e em junho ele chega às lojas americanas. O trabalho de Dennis sempre destoou um pouco do som dos Beach Boys. Apesar de emocionalmente ele ser tão ressonante quanto seu irmão Brian Wilson, Dennis sempre buscou um som mais despojado e cru, sem as tradicionais harmonias vocais dos Beach Boys. Seria perfeito se os compiladores tivessem conseguido licenciar “Lady”/”The Sound of Free”, single que ele lançou em 1970 com o nome Dennis Wilson & Rumbo. E por falar nos Beach Boys, a Capitol solta a caixa US Singles Collection – The Capitol Years: 1962-1965, contendo 16 CDs, livreto e todas as frescuras para agradar colecionadores e completistas. Aqui têm todos os hits do grupo no período (“Surfin' Safari”, “Surfin’ USA”, “Surfer Girl”, “Fun Fun Fun”, “I Get Around”, “Don’t Worry Baby”, “Help, Me Rhonda”, etc...), mas muitas canções aparecem pela primeira vez em mixagens em estéreo, além de vários takes alternativos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

EXPERIÊNCIAS SONORAS DE SERGIO MENDES



Uma coisa é preciso ser louvada em Sergio Mendes. Ele nunca se acomodou e evita ficar no rótulo de golden oldies, esquecido em alguma prateleira do easy listening dos anos 60 e 70. Quando o músico lançou Timeless em 2006, muitos puristas reclamaram, mas Mendes estava se movimentando e transformando sua música. O bandleader e pianista agora vem com Encanto (Universal Music), onde continua as experiências do CD anterior. Ou seja, é uma revisão radical de antigos hits, com muitos convidados especiais, onda a bossa/pop de Mendes é imersa em um molho de hip hop e música eletrônica. O músico de Niterói foi tirar do baú “The Look of Love", canção de Burt Bacharach que Mendes e seu grupo Brasil 66 colocaram no topo das paradas em 1967. Com co-produção de will.i.am (na foto com Mendes) e vocal de Fergie, (ambos do Black Eyed Pea), essa regravação tem ar de sucesso certo. Mendes também revisitou o catálogo de Tom Jobim e deu nova cara a quatro clássicos do saudoso maestro: “O Morro Não tem Vez” (que ficou “Somewhere in The Hill”), com vocal de Natalie Cole, “Água de Beber” (com participação da cantora Gracinha Leporace e do guitarrista Toninho Horta), “Waters of March” têm a novata Ledise e “Vivo Sonhando” (“Dreamer”, com uma canja do trompetista Herp Albert e sua mulher, a cantora Leni Hall. Com essa faixa, o Brasil 66 encontra o Tijuana Brass! “Funky Bahia” é interessante, uma parceria de will.i.am e Carlinhos Brown, com vocal de Siedah Garrett. E o CD ainda tem a presença do espanhol Juanes, do italiano Jovanotti e dos franceses do grupo Zap Mama. Uma salada bem interessante...

Veja aqui o making of de Encanto