quinta-feira, 27 de março de 2008

OZZY, ROD, ETC...



Velhos conhecidos do público brasileiro, Rod Stewart e Ozzy Osbourne aportam novamente em nosso território no começo do mês que vem para participar de um festival produzido pela Time For Fun. O evento vai acontecer no dias 3 de abril (Ozzy Osbourne, Korn e Black Label Society) e 5 de abril (Rod Stewart), no Rio de Janeiro e nos dias 4 de abril (Rod Stewart e Nando Reis) e 5 de abril (Ozzy Osbourne, Korn e Black Label Society), em São Paulo. No Rio, tudo vai acontecer na novíssima Rio Arena e aqui em São Paulo, no Estádio do Parque Antarctica. Realmente vai ser gozado ver Ozzy novamente por aqui, especialmente depois que ele virou uma celebridade fora do mundo do rock pesado devido ao sucesso do reality show que ele tinha junto com sua família na MTV. Mas é claro, os fanáticos pelo Black Sabbath vão comparecer em peso. E o melhor é que no mesmo dia vai ter o Black Label Society, banda liderada por Zakk Wylde, guitarrista que tocou com o próprio Ozzy. Então vai ficar tudo em casa. O new metal do Korn já teve seus dias de glória, mas vai ser pelo menos interessante ver a banda da Califórnia participando deste evento. Já Rod Stewart também reaparece aqui depois um certo tempo. O vocalista britânico reativou sua carreira ao gravar uma série de CDs dando nova cara ao cancioneiro clássico americano pré-rock and roll. E recentemente ele continuou no esquema de regravações, só que desta vez com clássicos do rock dos anos 70. Sua versão de “Have You Ever Seen The Rain” (original do Creedence Clearwater Revival ) entrou em trilha de novela e está tocando nas rádios. Agora resta saber se ele vai privilegiar Cole Porter e George Gershwin ou vai centrar fogo nos sus antigos hits dos anos 70 e 80. Vamos ver o que dá! Os ingressos já estão à venda!

quarta-feira, 12 de março de 2008

PÓS PUNK PESO LEVE


INTERPOL
11/03
VIA FUNCHAL

Uma das bandas que o povo alternativo mais gosta finalmente apareceu em nosso território. O grupo americano Interpol tocou na Via Funchal lotada e no geral agradou, embora não fosse a última palavras no quesito excitação. Claro, o estilo de música deles também não é para deixar ninguém sair pulando de alegria. Quem leu sobre as milhares de referências sobre o Joy Division, viu que é por aí mesmo. Realmente, parecia um Joy Division light, sem a angustia da lendária banda inglesa dos anos 80. E é claro, o cantor e guitarrista Paul Banks não é nenhum Ian Curtis. A banda não apresenta nenhum virtuoso em sua formação, mas o baterista Sam Fogarino se destacou, marcando o ritmo de uma forma sólida nos tambores. Foram 18 músicas retiradas dos três álbuns que o Interpol lançou em sua trajetória (Turn On The Bright Lights, Antics, Our Love to Admire ), dentre elas, “Evil", "Obstacle 1", "Pioneer to the Falls" e "Slow Hands". Os hits obviamente foram bem recebidos, embora alguns arremedos de canções, que mais pareciam instrumentais climáticos mal tocados, apenas despertaram um certo tédio.

sexta-feira, 7 de março de 2008

SEMANA DYLAN








Tudo começou com a exibição para a imprensa de Eu Não Estou Lá (I´m Not There), filme dirigido por Todd Haynes, mostrando de uma forma caótica e fragmentada a vida e obra de Bob Dylan, com seis atores diferentes interpretando o músico. Claro, o filme é confuso e de interesse zero aos não iniciados, mas os convertidos vai ficar fascinados com os segmentos focalizando o Dylan sarcástico da fase elétrica (interpretado por Cate Blanchett) e o Dylan descobrindo suas raízes musicais (vivido pela ator mirim negro Marcus Carl Franklin). A parte do Dylan como herói folk (Christian Bale) e do superstar em processo de divórcio (Heath Ledger) são interessantes, mas o resto não funciona tão bem, especialmente o Dylan como um cowboy recluso (Richard Gere). E no meio da semana, na Via Funchal (SP), o Dylan de verdade se materializou para os pobres mortais e alguns VIPs deslumbrados. Foram dois shows (estivemos lá no segundo, pela revista Rolling Stone) com o cantor se apresentando com a voz totalmente detonada, pouco se importando com a platéia, trocando o repertório loucamente, mas acompanhado por uma banda de country/blues excelente. Por isso foi bom...!

Veja o trailer de Eu Não Estou Lá:

quinta-feira, 6 de março de 2008

STONES NO CINEMA



Fui assistir a uma exibição para a imprensa de Shine a Light, filme do diretor Martin Scorsese, focalizando os Rolling Stones. Scorsese é mestre em lidar com rock e pop – vide o antológico The Last Waltz (1976) e No Direction Home (2005), aclamado documentário sobre Bob Dylan. Assim, a expectativa era grande. Mas nada poderia ser mais convencional do que Shine a Light. Trata-se da filmagem de um concerto beneficente realizado pela banda em 2006 no luxuoso Teatro Beacon, em Nova York. As entrevistas são pouco reveladoras, embora vez por outra apareçam algumas imagens interessantes dos anos 60 e 70, quando a banda se encontrava no auge de seus poderes artísticos. Claro, é tudo bem filmado e o repertório foi muito bem escolhido, destacando faixas dos álbuns Exile on Main Street (1972) e Some Girls (1978). Mas parece que os músicos estão mesmo de saco cheio de tocar canções como “Brown Sugar” e “Satisfaction” e simplesmente massacram estes clássicos. As participações de Jack White (“Loving Cup”) e Christina Aguilera (“Live With Me”) não acrescentam muito, mas o bluesman Buddy Guy é pura classe em "Champagne and Reefer" e até consegue fazer com que os Stones soem coesos. Alguns dos melhores momentos: Mick Jagger bem camp na country “Far Away Eyes” e os segmentos solo do cada vez mais folclórico Keith Richards (“You Got The Silver”, “Connection”).O filme deve estrear no dia 4 de abril, com distribuição da Imagem Filmes. E a trilha sai pela Universal Music.

sábado, 1 de março de 2008

DO COUNTRY AO POP


A princípio, o cantor e guitarrista Glen Campbell fez seu nome como músico de estúdio. Apesar de muitos o considerarem um artista country, na verdade ele transitou por todos os estilos, tocando com todo mundo, de Elvis Presley a Frank Sinatra. Campbell, por um breve período, também participou dos Beach Boys, substituindo Brian Wilson no começo de 1965. A carreira solo de Campbell corria paralela e Brian Wilson até produziu para ele a soberba “Guess I´m Dumb”, canção que já anteciparia o antológico álbum Pet Sounds. Mas foi somente no final da década de 60 que ele virou superstar, estourando com canções de Jimmy Webb como “Wichita Lineman”, “By The Time I Get To Phoenix” e “Galveston”. E ele acabou ganhando seu programa de variedades no canal , que CBS, que durou de 1969 a 72. Uma pequena parcela do Glen Campbell's Good Times Hour é disponibilizado agora em DVD pela Time –Life. O lançamento, que se chama Good Times Again, traz convidados como Ricky Nelson, Ray Charles, Willie Nelson, Roger Miller, Anne Murray, Cher, Linda Ronstadt, The Smothers Brothers, BJ Thomas, Bobby Gentry, Johnny Cash e John Hartford (autor de “Gentle On My Mind”, outro grande hit de Campbell).

O REI DO ROCK INGLÊS



Nos anos 50, todos os países tiveram seus candidatos a Elvis Presley. Na Inglaterra, apesar de Cliff Richard ter dominado as paradas antes dos Beatles surgirem, o trono de “Rei do Rock” parece ter pertencido a Billy Fury (1940-83). Isto não só pelo visual e vocal, muito semelhantes aos do garoto de Tupelo. Fury, nascido em Liverpool e cujo nome era Ronald Wycherley, foi responsável por um dos melhores álbuns dos primórdios do rock inglês. The Sound of Fury, lançado em 1960, decalcava o som que Elvis forjou na Sun Records. Era puro rockabilly e o melhor – quase todas as canções eram do punho do próprio Fury Fury viveu pouco - ele sofria de problemas cardíacos e morreu há exatamente 25 anos. A data não está passando em branco e lá em sua terra natal a Universal lança o pack His Wondrous Story - 25th Anniversary Collection, que contém um CD e um DVD. No DVD, toda a saga de Fury é recontada através de cenas raras de arquivo e depoimentos de seus contemporâneos. O documentário flagra o dilema da trajetória profissional de Fury. Devido a questões de mercado, logo abandonou o rockabilly por suntuosas baladas românticas que trouxeram a ele fama e fortuna. E sua frágil saúde fez com que ele saísse prematuramente de cena no final dos anos 60. Ele retornou na década seguinte, participando do filme cult That ´ll Be The Day. Fury até ganhou de presente de Pete Townshend do The Who a música “Long Live Rock”. O astro voltou a gravar e parecia novamente rumar ao estrelato até seu coração finalmente o deixou na mão. O CD que acompanha o DVD tem todos os grandes hits de Fury, incluindo “I´ll Never Find Another You”, “Halfway to Paradise”, “Jealousy”, “Maybe Tomorrow”, “Wondrous Place” e outras.