sábado, 23 de fevereiro de 2008

O HOMEM QUE FORJOU O SOM DA AMÉRICA



Ao lado de Sam Phillips (o fundador da Sun Records), Ahmet Ertegün (1923/2006) foi uma das principais figuras da música do pós-guerra. Ertegün, que nasceu na Turquia, chegou aos Estados Unidos ainda criança (seu pai era embaixador do seu país nos EUA) e o amor pelo jazz e blues fez com que ele fundasse a gravadora Atlantic em 1947. A partir daí, é história. A Atlantic gravou R&B nos anos 50 (Ruth Brown, The Coasters, The Drifters, The Clovers, Ray Charles, Joe Turner) e nas décadas seguintes a empresa e suas subsidiárias e distribuídas (ATCO, Stax, Volt) expandiram seu vocabulário musical, lançando nomes que se tornaram lendas do rock como Bufallo Springfield, Crosby, Stills, Nash & Young, Led Zeppelin e Cream, além de fincar a bandeira da soul music com Otis Redding, Aretha Franklin e muitos outros. A Atlantic também teve seu lado pop (Bobby Darin, Sonny & Cher, Rascals) e ajudou a revitalizar a carreira dos Rolling Stones e Bee Gees. A saga do empresário é contada no imperdível documentário Atlantic Records: The House That Ahmet Built, que sai pela Warner Music. Produzido para a série American Masters, poucos antes da morte de Ertegün, o documentário de duas horas têm cenas raras de arquivo e a presença de Mick Jagger, Eric Clapton, Ray Charles, Solomon Burke, Aretha Franklin, Ben E. King, Jerry Leiber, Mike Stoller, Jerry Wexler, Jimmy Page, Robert Plant, Phil Collins e Bette Midler (que inclusive narra o programa). Esses luminares conversam animadamente com Ertegün e relembram os bons tempos quando a música pop realmente valia a pena. Do Harlem ao Studio 54, passando por Woodstock, Ertegün esteve em todas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Paulo Cavalcanti. Sou Tiago Ferreira, estudante do 5º semestre de jornalismo, e grande fã da revista mensal Rolling Stone. Atualmente, estou desenvolvendo um projeto acadêmico junto com os colegas de sala em montar uma revista temática sobre o ano de 1968. Como abordagem, escolhi trabalhar com a música, mais especificamente a influência da Jovem Guarda na Tropicália e o 'purismo sonoro' da MPB. Na edição nº12 da revista Rolling Stone, você assinou uma reportagem sobre o ano de 1967 no Brasil, descrevendo desde a implantação do AI-5 até a efervescência artística da época.
Portanto, gostaria de saber, Paulo Cavalcanti, se há possibilidade de entrevistá-lo, uma vez que seu texto demonstrou intenso conhecimento no assunto.
Caso mostre-se interessado em nos ajudar, deixo meu contato.

Meu e-mail: tiagoferdasilva@gmail.com

Ou, caso tenha interesse, pode visitar um blog de cultura que mantenho:
culturainterpretada.blogspot.com

Aguardo retorno.
Obrigado.