domingo, 7 de setembro de 2008

NOITE DO BARULHO





ORLOFF FIVE
VIA FUNCHAL/SP
06/09/2008
O Orloff Five é um daqueles festivais cuja escalação parece fazer sentido na cabeça dos organizadores, mas na hora do vamos ver, é pura incongruência. O grupo brasileiro Vanguart abriu o evento e tocou para praticamente ninguém. Na seqüência entrou a veterana banda underground americana The Melvins, festejada por ter influenciado o grunge e Kurt Cobain em particular. Realmente deu para perceber que o zumbido arrastado dos Melvins se infitrou nas bandas de Seatle dos anos 90. Mas o estranho cantor e guitarrista Buzz Osborne e seus companheiros fazem um som completamente experimental e de estrutura anti-convencional. As músicas são emendadas umas nas outras e muita gente não deve ter entendido nada. O grupo usou duas baterias e o impacto sonoro não era recomendado para pessoas de nervos frágeis. Foi disparado o melhor da noite. Depois do apocalipse sonoro do The Melvins, veio o quarteto Plasticines. O punk pop de butique das beldades francesas só agradou a quem gosta de coisas toscas. Desafinadas e ruins de palco, as meninas vieram com coisas como “Loser”, “Bitch” e “Out of Control”. Também arruinaram “These Boots Were Made For Walking”, de Nancy Sinatra. O badalado The Hives fechou a noite. O som do quinteto sueco é ardido e sem nenhum suingue. As hiperatividade do vocalista Pelle Almqvist e as micagens do guitarrista Nicholaus Arson cansaram depois de um certo tempo. Tocaram hits como "Tick Tick Boom", "Main Offender" e "Hate to Say I Told You So". Mas uma hora e meia de Hives é muito para cabeça – e para os ouvidos. A noite ainda teve o DJ Tittsworth, mas foi tão rápido que ninguém prestou muita atenção.

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