segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

AGENDA BOSSA NOVA - TOM JAZZ - PARTE 1












Eu acompanhei o Projeto Agenda Bossa Nova, que aconteceu nos meses de setembro a novembro no Tom Jazz. Infelizmente não assisti aos shows de Carlos Lyra (que teve inclusive a participação do showman Luiz Carlos Miele) e o de Alaide Costa. Mas vamos a um pequeno resumo do que rolou. No dia 5/10 teve Patti Ascher, que lançou o CD Bacharach Bossa Club (Albatroz), onde canta o repertório do Burt Bacharach em ritmo de bossa. Patti pecou por uma certa insegurança. Errou algumas letras e mostrou equivoco na escolha da ordem das canções. Os pontos positivos: a voz de Patty é extremamente agradável e ela não procurou imitar divas do universo de Bacharach como Dusty Springfield e Dione Warwick. A respeito de Leny Andrade (12/10), nenhum problema. A voz da veterana ainda está em forma (ela ainda faz os esperados scats) e o line up das canções não deixou a desejar. Isto sem contar os deliciosos causos do começo da bossa e a emocionante homenagem a Tom Jobim - Leny cantou na missa de sétimo dia do maestro em Nova Yorque. Quanto ao show do Marcos Valle (9/11), voltamos aquele velho problema. Ele tem o show montado para o público japonês e europeu e assim deixa um monte de hits de fora. Sem contar que abre muito espaço para sua mulher, a vocalista Patricia Alvi. No Tom Jazz, ele nem se deu ao trabalho de tocar "Mustang Cor de Sangue", "Viola Enluarada" e "Preciso Aprender a Ser Só". Já os temas que ele compunha para os programas da TV Globo nos anos 70, nem pensar. O show é muito calcado no seu trabalho atual e metade da performance trouxe canções do CD Jet Samba, lançado em 2005 pela Dubas. A banda de Valle é excelente (destaque para o baterista Carlos Massa) e ele ainda está cantando bem. Mas Marcos precisa ver que um show também é espetáculo. Tudo bem que ele não quer entrar num entrar num lance de nostalgia, mas muita gente acabou se decepcionando pela falta de músicas conhecidas.

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